"Quando você divide um sonho com alguém, aquilo fica pra sempre" - Kiko Loureiro
Sempre achamos que ainda teremos tempo com as pessoas, que podemos deixar pra amanhã, ou semana que vem.
Quando o Chester Bennington morreu, uma das primeiras coisas que me veio a mente foi "Eu não tive tempo de ver ele cantando ao vivo...". Antes disso, quando o Chorão morreu, eu pensei a mesma coisa. Agora, com a morte do André Matos, eu tive, novamente, o mesmo pensamento.
Lembro que ali no final de 2014 eu estava combinando com uma amiga de irmos no show do Foo Fighters que ia rolar em janeiro de 2015 em SP. Foi chegando perto da data, eu estava com outras coisas na cabeça e resolvi não ir, afinal, eu poderia ir em outra oportunidade. A banda ainda existe, ainda fazem shows, mas a companhia já não posso dizer o mesmo, foi embora do Brasil e nunca mais tive notícias.
Em todos os casos, eu achei que teria tempo ainda.
E isso tudo se tratando apenas de bandas, imagina em outras áreas da vida?
Sempre achamos que as pessoas vão estar ali no dia seguinte.
Agora há pouco eu estava assistindo um vídeo do Kiko Loureiro, onde ele relembrava alguns momentos com o André Matos, ainda na época do Angra, e foi muito forte a parte que ele conta que não falava pessoalmente com o André há cerca de 20 anos. Havia entre eles um ressentimento, uma mágoa por alguma coisa do passado, mas, ali, naquele momento, dava pra ver que o Kiko deixaria tudo pra trás só pra ter a oportunidade de falar com o André novamente, poder conversar francamente, resolver as coisas.
Infelizmente, isso não será mais possível.
Eu falei de tempo com uma piadinha bosta numa postagem anterior com uma frase de uma música chamada Time (Tempo) do Pink Floyd. A pergunta que fiz lá, eu repito agora, mas sem piadas. Imagina se ainda houvesse tempo?
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