segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

d&d

Como minha vida é cheia de coincidências estranhas, esses dias eu estava pensando na morte e na brevidade da vida humana como um todo, daí hoje me deparo com um vídeo do Pirula tratando deste mesmo assunto.

Ele é ateu e pra ele não há nada após a morte, então digamos que a perda de uma pessoa querida seja mais pesada pra ele do que pra algum religioso de modo geral.

Só que ele tocou em dois pontos importantes:

1- A naturalidade da morte

Praticamente tudo tem um ciclo de vida, desde seres humanos até estrelas, o que torna a morte a coisa mais natural que existe, pois está presente e não há como fugir. Sendo algo tão natural e previsível, a sociedade deveria ver a morte como algo menos carregado, menos pesado. Discutir sobre isso talvez fizesse bem pra quando tivermos que enfrentá-la.

2- A brevidade da vida e a imprevisibilidade do amanhã

A morte, além de natural, raramente é previsível. Sendo assim, numa visão cética, nós deveríamos aproveitar a companhia das pessoas que gostamos enquanto elas ainda estão aqui, já que não sabemos o que vai acontecer daqui 10 segundos, quem dirá amanhã ou ano que vem. Junte isso a possibilidade de não haver um pós-morte onde você vai rever as pessoas, só torna mais claro a importância de cada momento aqui.

Alguns anos atrás eu assisti um filme chamado Antes de Partir (The Bucket List) e aquele filme me fez pensar muito sobre várias coisas que eu queria fazer, se não me falha a memória eu até cheguei a fazer uma lista que se perdeu no meio de algum arquivo por aí.

É muito fácil nosso cérebro nos convencer a ficar em uma zona de conforto e não correr atrás dessas coisas, a função do cérebro é justamente fazer você gastar o mínimo de energia possível (aí entra questões sobre o homem primitivo que não cabem na discussão), então ir atrás dessas coisas vai contra a própria natureza humana, por um instinto de autopreservação.

Mas nós podemos - e deveríamos - passar por cima disso, mesmo sendo difícil.

Quando eu estava treinando forte em casa (calistênia) tinha um colega que mais de uma vez me questionou de como eu conseguia ter vontade de fazer aquilo 6x na semana. A minha resposta era "Vontade eu não tenho nenhum dia, mas eu tento condicionar meu corpo a simplesmente começar a fazer e acabou, enquanto meu cérebro diz pra eu ir dormir um pouco, eu já estou lá fazendo flexões".

Isso é o que se chama de atitude proativa.

Sou um exemplo a ser seguido por isso? Não, definitivamente. Tem várias coisas que eu preciso fazer e não faço por preguiça, mas isso é uma das coisas que eu tenho trabalhado pra superar desde que eu resolvi parar de me ver como vítima do mundo.

Como eu não tenho mais minha lista antiga, vou criar uma nova. Algumas coisas eu já consegui da lista anterior, mas não lembro quase nada, porque isso faz quase 10 anos.

Obviamente não vou postar minha lista aqui, né?

Mas e você, disse tudo que queria dizer pra quem você ama? Abraçou quem você queria? Fez algo pelo seu sonho hoje?

Eu não fiz nada disso, mas é mais uma coisa que estou tentando mudar.

"Forever and a day"

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